domingo, 17 de abril de 2011

QUAL É A HORA DO LANCHE?


Comer para nutrir (ideal);  
Comer pipoca para o filme assistir; 
Comer para chorar ou não chorar, sei lá; 
Comer para o tempo passar, distrair; 
Comer para memorar, = comemorar; 
Comer para um distúrbio compensar.
"A gente" come até em velório (eu não).
Come de tristeza e de alegria; 
Come para se divertir, as vezes, ir comer é o programa; 
Come se passou e, tb, come se reprovou; 
Come se casa, se separa eu não sei; 
Mas sei, que come.
Come, até, para de negócios tratar; 
Pois tudo, tudo, tudo gira em torno da comida. Já percebeu? Percebi!
Cozinhar é um programa cultural, cuja, a arte a gente come todo dia.  
Seria bom demais, se exagerar não fizesse adoecer.


QUANDO COMER VIRA COMPULSÃO
RACHEL BARROS

A pessoa sabe que não é fome – afinal não faz muito que se alimentou e a refeição foi satisfatória  Mas de repente vem aquela vontade irresistível de devorar tudo que encontrar pela frente. É uma sensação totalmente incontrolável com desfecho previsível: a pessoa dispara a comer até se empanturar e sentir-se desconfortavelmente cheia. No final, além do mal estar físico, o comedor descontrolado acaba ficando deprimido, envergonhado e um tanto transtornado. O curioso é que não se trata mesmo de fome, mas apenas de vontade de comer. E quando essa vontade surge de forma tão avassaladora, caracteriza um distúrbio que os especialistas chamam de “transtorno do comer compulsivo”, um problema que atinge um terço dos obesos e, como as demais patologias alimentares, está claramente relacionado com as carências psicológicas. De alguma forma, toda compulsão, particularmente por comida, revela ansiedade e busca de conforto nos momentos de depressão. O que caracteriza a compulsão alimentar não é a gula, mas a relação emocional que o sujeito tem com o que come.
Muito mais freqüente em mulheres, a doença parece ter relação com os ciclos hormonais femininos: a incidência das crises aumenta no período pré-menstrual, E, como a origem do problema é emocional, fazer regime sem acompanhamento psicológico não resolve, e muitas vezes só piora a situação. Aliás, a maior parte dos comedores compulsivos vive procurando novas dietas, geralmente as mais restritivas. O resultado acaba sendo uma “fome crônica”, aquela insatisfação constante que só faz acionar as crises.
Mas, junto ao apoio psicológico, a reorganização da dieta é evidentemente necessária. Vale lembrar que quem sinaliza a necessidade de comer é o cérebro. E o cérebro não entende de comida, entende de nutrição. Uma má alimentação, pobre em nutrientes ou mal combinada, não satisfaz as necessidades do organismo , por maior que tenha sido o volume consumido. Por essa razão o comedor de “fast food” acaba sentindo fome pouco tempo depois de se banquetear com a grande quantidade de calorias e proteínas comumente contidas nos alimentos industrializados. O que o cérebro denúncia é a falta de vitaminas e enzimas tão presentes em alimentos “vivos” – legumes, verduras e frutas, cruas ou próximas ao seu estado natural. Ou seja, alguém pode estar fisicamente robusto e repleto de energia e mesmo assim se sentir como um “saco vazio”, a auto-imagem típica do caráter oral depressivo.
Outra dica para amenizar a compulsão é comer lentamente e mastigar bem, saboreando a comida. De preferência uma garfada de cada alimento separadamente, de forma a fornecer claras informações nutricionais ao sistema e favorecer a assimilação.
É importante se alimentar a intervalos regulares, e não ficar horas seguidas sem comer. Evitar também alimentos muito quentes ou gelados, pois inibem as papilas gustativas e acabam desencadeando crises. E quando sentir vontade de comer, buscar alternativas prazerosas como caminhar, ler, ver um bom filme ou qualquer outra atividade que distraia e dê prazer.
Exercícios respiratórios também ajudam, pois relaxam o diafragma e aliviam a ansiedade. Um excelente exercício para o comer compulsivo, serve também para tabagismo, a compulsão por fumar: inspire lenta e profundamente pelo nariz, dilatando o ventre; na expiração, vá encolhendo o ventre e elevando o diafragma enquanto exala o ar suavemente pelos lábios quase cerrados. Experimente por 5 minutos e sinta a diferença!
Fonte: aqui

6 comentários:

Alice Voll disse...

Gente, medo!
sajsajsianjisnaijsna

Maria Auxiliadora de Oliveira Amapola disse...

Boa noite, querida amiga Lucimere.

Que maravilha!! Você fez até um poema verdadeiro e engraçado. Ri muito.

O texto é excelente. Fala tudo que realmente ocorre com a compulsão.
Eu sou até capaz de deixar de comer radicalmente, mas comer pouco, parece impossível.

Na minha juventude eu fui magra durante muitos anos, mas a vaidade era um apelo muito forte.

Já tentei resgatá-la, mas ao analisar (custo e benefício), acabei ficando no meio do caminho.

Depois, veio a questão da saúde, para dar uma força.
Mesmo assim continua difícil controlar.

Eu tenho um irmão que gosta tanto de pão, que ele o admira como se fosse uma arte rara, olhando-o sob todos os ângulos, antes de cada mordida. É hilário.

Um grande abraço.
Que a luz divina a conduza sempre.

(Muito obrigada pelo lindo comentário). É que tenho muito afeto por você, e a admiro muito.

Luciana Farias disse...

Pode me colocar no grupo dos comedores compulsivos. E, o pior: não estou conseguindo quebrar o círculo vicioso dessa vez :-(((

Beijão, querida, uma ótima semana procê!!!

Lulu on the sky disse...

Tõ conseguindo me controlar com a comida. :)
Big Beijos

Carol disse...

Felizmente já faz um bom tempo que controlei a minha compulsão por comida! Agora quando me bate a louca da ansiedade corro (literalmente) para a academia ou pra qualquer lugar bem longe de comida! =)
Beijoooosss

Carol disse...

Felizmente já faz um bom tempo que controlei a minha compulsão por comida! Agora quando me bate a louca da ansiedade corro (literalmente) para a academia ou pra qualquer lugar bem longe de comida! =)
Beijoooosss